A felicidade de ser avó pela primeira vez é tão intensa e maravilhosa que resolvi dividir com muita gente.
Nada melhor que um blog para isso.
Todas as impressões, emoções e notícias sobre o desenvolvimento desse ser único gerado com muito amor e esperado com mais amor ainda, vou transcrever aqui.
Sejam felizes comigo.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

EU NASCI PARA SER... AVÓ 02 de Dezembro de 2010


     Engravidei do meu primeiro filho aos dezenove anos sem querer. Estava loucamente apaixonada e, naquele tempo, o cuidado era tabelinha e camisinha. Meu namorado estudava fora e quando vinha nos fins de semana nossa paixão era tanta que tabelinha era algo com que menos nos preocupávamos, e camisinha a gente só lembrava depois.
     Mas, aquilo que não era esperado e nem programado, foi a minha maior batalha e minha maior realização. Tive que lutar contra tabus e preconceitos para tê-lo.
     Como a batalha foi dura e os preconceitos foram esmagadores, quase não tive momentos de enlevo e curtição com o crescimento da barriga e com as primeiras sensações daquele serzinho se desenvolvendo e pulsando dentro de mim.
     Porém, o seu nascimento, o seu crescimento, as suas conquistas e o seu amor fizeram valer cada momento de espera e de incertezas quanto ao futuro tanto meu quanto dele.
     Alguns anos depois, já estabelecida na vida, tive minha princesinha. Essa sim foi planejada e curtida como manda o figurino.
     Não preciso dizer mais nada, uma vez que ela foi tudo aquilo que esperava e mais um pouco. Brinco hoje que a única coisa que não saiu perfeito da "fábrica" foi a altura, ela é mignonzinha. Mas uma mignonzinha com uma personalidade de gigante.
     Por fim, para encerrar a fábrica, também de susto, sem esperar, o meu caçulinha, o meu principe, o meu surfista, regueiro e carinhoso "rapa do tacho".
     É claro que com uma vida nada convencional como a minha, também tive mais um filho. Este já me chegou crescido e com uma outra mãe a tiracolo. É o meu filho do coração, aquele que faz parte de mim com o mesmo amor incondicional que sinto pela minha prole. É o filho do primeiro casamento do meu marido, que adotei como meu também com o aval da mãe dele que generosamente dividiu comigo o prazer de tê-lo. Ele é o primogênito da família e hoje, na falta do pai, é o pai de todos nós.
     Vejo e ouço muitas amigas e conhecidas que curtem e curtiram a gravidez e a maternidade e dizem: "Nasci para ser mãe!"-
     Eu sempre fui uma galinha chocadeira e protetora dos meus filhos. Lembro que onde quer que fossemos, eu e meu marido, as crianças iam junto. Podia ser ali no sítio, nos fins de semana, como uma longa viágem de F1000 até São Luiz do Maranhão. Nunca, nunca  faziamos algo sem eles.
     Mas, dizer que nasci para ser mãe, não seria bem uma verdade. Porque me considerava uma empresária, esposa, amante, mãe, filha, tenista, windsurfista e tudo aquilo que podia abarcar na época.
     Foi maravilhoso ser mãe. Só não sei se fui tão boa mãe assim, pois meus filhos foram tão "quase perfeitos" que foi moleza. E ai, não sei se teria direito a esse mérito.
     O que importa é que eu os amo e eles me amam. E até hoje somos amigos e companheiros. Curtimo-nos como pais e filhos e como família.
     Atualmente, já mais calma e sossegada na aposentadoria, aos 55 anos (faltam 2 dias para 56), vou ser avó.
     Tudo aquilo que se fala e se sente na maternidade e que eu, às vezes, na correria do dia a dia, não percebia e não me detinha para curtir, estou sentindo agora. Só que dobrado, triplicado.
     Sensata, ponderada, ouvinte, humilde, são adjetivos que estou usando com mais sabedoria agora. Pouco os usei na minha vida. E tudo isso pela felicidade de ser avó, que mexeu com todo meu ser e reposicionou meu eixo dando um novo rumo e sentido a minha vida.
     Deste modo posso dizer com a mais absoluta convicção: EU NASCI PARA SER AVÓ!

2 comentários:

  1. Lindo depoimento, Marta. Me emocionei!!!
    Escreves muito bem, parabéns!!
    Bjks
    Silvana

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  2. Mana querida, que bom que te tenho como irmã e amiga. Tuas palavras são maravilhosas, assim como a nossa(tua) familia é. Quem sabe é preciso envelhecer um pouco para dar valor a isso que temos. Te amo
    Lili

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